O Brasil já é o quarto país do mundo com o maior número de
obras certificadas por sustentabilidade, atrás apenas dos Estados Unidos, China
e Emirados Árabes Unidos, segundo dados do Green Building Council Brasil (GBC).
No entanto, essa prática ainda é adotada predominantemente em empreendimentos
comerciais.
“As empresas se preocupam muito com essa questão até para
passar uma boa imagem ao público. Por isso estão investindo cada vez mais em
práticas sustentáveis”, diz Afonso Celso Bueno Monteiro, presidente do Conselho
de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP).
Monteiro acredita que esse
movimento pode começar a conquistar mais adeptos também em projetos
residenciais. “As pessoas estão mais conscientes e cada um querendo
também fazer a sua parte. Porém, muitas não sabem exatamente como e o que pode
ser feito ou acreditam que para isso seja necessário um alto investimento”,
afirma o presidente do CAU.
Uma casa deve atender a
inúmeras exigências técnicas para ser considerada plenamente sustentável, desde
a escolha do material utilizado na sua construção. Ainda assim, segundo o
especialista, é possível adotar medidas simples e de baixo custo, como também
hábitos corretos no dia a dia, que dão ótimos resultados e certamente
contribuem com o meio ambiente. A seguir, ele sugere algumas práticas que podem
ser facilmente adotadas para se ter uma casa sustentável:
- Quanto mais e maiores forem
as janelas, melhor se aproveita a luz natural. Além de economizar energia
elétrica, garante uma boa ventilação;
- Nas janelas, pode-se
instalar toldos e brises, evitando o superaquecimento da casa especialmente nos
dias de calor, evitando também o uso de ventiladores ou ar-condicionado;
- Prefira as lâmpadas
fluorescentes ou as de LED, que são bem mais econômicas e duráveis do que as
incandescentes;
- Com queda dos preços
observada nos últimos anos, os painéis de energia solar estão se tornando cada
vez mais acessíveis e já são uma alternativa a ser considerada para reduzir o
consumo de energia elétrica;
- Responsável por um dos
maiores desperdícios de água, a descarga pode se tornar mais econômica se tiver
uma caixa acoplada. Com dois botões diferentes, pode-se dar descarga com apenas
três litros de água (botão menor) ou seis litros (botão maior);
- Com o uso de calhas, cisternas
ou tanques, pode-se coletar a água da chuva e aproveitá-la em situações que não
exigem água potável, como regar o jardim, lavar carro e quintal ou até mesmo na
descarga dos vasos sanitários;
- Usar torneiras com aerador
(espécie de “chuveirinho”), que garante uma menor vasão de água, mas a sensação
é justamente a contrária;
- Ao comprar aparelhos
eletrônicos e eletrodomésticos, escolha aqueles que têm o selo Procel, que
indica melhor eficiência energética. Ou seja, consomem bem menos.
Fonte: CicloVivo