A Coalizão para Economias Ambientalmente Responsáveis
(Ceres) - que reúne alguns dos principais investidores do mundo e diversos
grupos ambientais- , em conjunto com fundos de pensão e agências de
investimento, anunciou uma iniciativa que busca envolver as bolsas de valores,
via Federação Mundial das Bolsas (WFE), em uma potencial uniformização para os
padrões dos relatórios de sustentabilidade.
A proposta traz recomendações específicas para a integração de critérios
ambientais e sociais nas regras de classificação usadas pelas bolsas de valores
de todo o mundo.
“Precisamos de uma solução conjunta que ajudará a aportar informações mais
consistentes e comparáveis a todos os mercados”, comentou Robert Greifeld, CEO
da NASDAQ OMX, empresa que tem trabalhado há quase dois anos em conjunto com a
Ceres.
“Isso permitirá aos investidores uma valoração mais acurada das empresas e uma
tomada de decisão melhor informada”, adicionou Gwen Le Berre, vice-presidente
de Governança Corporativa e Investimentos Responsáveis da BlackRock, a maior
gestora financeira do mundo, com mais de US$ 4,3 trilhões em ativos.
As recomendações, explícitas em um relatório, serão formalmente submetidas aos
membros da WFE juntamente com o lançamento de um período de consultas às
bolsas.
“Está cada vez mais claro que o desempenho ambiental, social e de governança
pode afetar o desempenho financeiro corporativo, e, portanto, os investidores.
É do interesse das bolsas de valores ao redor do mundo tornar o relato dessas
informações um requisito para a classificação... a adoção dessa proposta seria
um serviço para os investidores”, ressaltou Julie Fox Gorte, vice-presidente
sênior para Investimentos Sustentáveis da Pax World Management LLC.
Fonte: Sustentabilidade Digital