A cadeia de fast food norte-americana
Burger King poderá trocar os
Estados Unidos pelo Canadá, caso a sua intenção de adquirir a empresa de
restauração canadiana Tim Hortons seja bem sucedida.
Segundo o Quartz, este negócio tem dois objectivos, uma vez
que, ao adquirir a Tim Hortons, a Burger King deverá mudar a sua sede para o
Canadá, um país com uma carga fiscal muito menor que a norte-americana.
Se o negócio se concretizar, a Burger King tornar-se-á na terceira cadeia de fast food do mundo,
mas o verdadeiro “negócio” está na poupança fiscal, que descerá dos 39,1%
norte-americanos para os 26,3% canadianos.
Conhecida como “inversão fiscal”, esta estratégia foi
recentemente utilizada pela farmacêutica nortea-americana Abbvie, que comprou a
britânica Shire, em Julho, e irá poupar €6 mil milhões (R$ 18, 1 mil milhões)
nos próximos 15 anos em impostos.
Outras empresas, com a Walgreen, voltaram atrás com esta
hipótese por pressões de Washington e até dos consumidores. A verdade é que
estes movimentos prejudicam de forma trágica os países originais destas
empresas, o que levou o presidente norte-americano, Barack Obama, a acusar as
empresas de “falta de patriotismo económico”.
Também os consumidores condenam estas atitudes, numa altura
em que os impostos para os cidadãos não param de subir e a crise económica
diminui, em muitos países, o investimento público. Assim, estratégias
empresariais que têm apenas o lucro como objectivo são normalmente mal vistas.
Os Estados Unidos são o país da OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento) com impostos mais altos para as empresas: 39,1%.
Segue-se o Japão (37%), a França (34,4%), Bélgica (34%) e Portugal (31,5%).
Fonte: Green Savers














