A empresa holandesa REDstack BV abriu ontem as portas de uma
fábrica que, num projeto-piloto, vai produzir eletricidade a partir da
diferença entre os níveis de concentração de sal na água do mar e a água doce.
Este processo, a que os investigadores holandeses chamam de
“energia azul”, emprega dois filtros com água salgada e doce. Um permite a
entrada de íons de sódio carregados positivamente, enquanto o outro permite a
entrada de íons de cloreto carregados negativamente, produzindo uma bateria
natural.
“Precisamos de vento para a energia eólica e os painéis
solares só funcionam de dia, mas a água está sempre a correr”, explicou Rik
Siebers, CEO da REDstack BV.
Segundo a Fox News,
a empresa quer popularizar a energia azul até 2020, data em que novas centrais
poderão ser construídas.
Por agora, a fábrica irá apenas produzir 50 MW, que poderá eletrificar
cerca de 100 casas. Uma das razões pela qual os investigadores holandeses
chegaram a esta energia é geográfica: os rios Rhine e Meuse encontram no mar
neste país. A fábrica está localizada estrategicamente no Afsluitdijk, um dique
gigante que transformou parte o Mar do Norte num lago de água doce nos anos 30.
O projeto é financiado pelo Governo holandês e vários
patrocinadores corporativos.