Apple investe mais de R$ 2,2 bilhões em usina de energia solar na California


(Bloomberg) - A Apple está adotando a energia renovável com um acordo de US$ 848 milhões para obter eletricidade a partir de um parque solar grande o suficiente para abastecer os escritórios da empresa na Califórnia, além de 52 lojas e um centro de processamento de dados.
A empresa que revolucionou o modo em que as pessoas utilizam computadores e celulares está redobrando os esforços para que todas as suas unidades sejam mais ecológicas. A Apple está trabalhando com a First Solar para garantir eletricidade gerada pelo sol durante 25 anos, um acordo que a empresa de energia descreveu como o maior já feito por um único usuário final comercial.
A Apple segue os passos do Google, da Amazon.com e de outras empresas que operam dados de modo intensivo e estão tentando obter mais energia através de fontes renováveis.
A responsabilidade ambiental é um dos principais elementos da gestão de Tim Cook como CEO da Apple, que tem sede em Cupertino. Todos os centros de processamento de dados da empresa operam com energia renovável.
"Estamos fazendo isso porque é a coisa certa, mas talvez vocês também estejam interessados em saber que os benefícios financeiros existem", disse Cook na terça-feira, na conferência de tecnologia da Goldman Sachs, em São Francisco.
"Esperamos economizar significativamente, porque pagaremos um preço fixo pela energia renovável - então, estamos entusiasmados em continuar por esse caminho, fazendo coisas que deixam o mundo melhor do que ele estava quando o encontramos".
A fabricante do iPhone receberá a partir de 130 megawatts de energia do projeto California Flats Solar, da First Solar, em Monterey County, Califórnia, disse a First Solar em um comunicado. A notícia provocou um aumento repentino nas ações da First Solar, que subiram 2% no pregão estendido, ampliando o ganho de 4,8% para US$ 48,54 no fechamento em Nova York ontem.

Energia renovável

O investimento da Apple também serve de validação para a energia solar, em um momento em que os recursos renováveis de energia estão se tornando uma parte maior da produção de eletricidade dos EUA, devido a regulamentações federais mais estritas em relação ao meio ambiente.
Embora o compromisso da Apple seja um dos maiores acordos para obter energia solar de uma única fonte, o Google tem financiado mais de 15 projetos de energias alternativas desde 2010 como parte de um investimento de mais de US$ 1,4 bilhão em produção de energia não poluente.
A construção do primeiro projeto California Flats Solar, de 12 quilômetros quadrados, da First Solar, que fornecerá energia para a Apple, vai começar em meados deste ano e ficará pronta no final de 2016. A produção adicional de cerca de 150 megawatts do parque solar será vendida à Pacific Gas Electric.

Energia solar

A First Solar é a maior desenvolvedora do mundo de usinas de energia fotovoltaica, sendo que as maiores delas utilizam milhões dos seus painéis com um filme fino de telureto de cádmio, que se estendem por vários quilômetros quadrados. A maioria dos painéis solares tradicionais é feita de silício policristalino.
A First Solar geralmente constrói e opera as usinas de energia e vende participações para produtores independentes de energia, como a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e a NRG Energy. A produção das usinas costuma ser vendida para empresas de serviços que possuem contratos de longo prazo.
Esse é o primeiro contrato da First Solar para vender energia de um de seus projetos diretamente para um grande consumidor. As duas maiores usinas solares da empresa, que também estão situadas na Califórnia, produzem 550 megawatts cada.
Parte da energia gerada em California Flats também será utilizada na nova sede da Apple, que está sendo construída em Cupertino. O edifício circular que parece uma nave especial também terá painéis solares próprios.
"Nós, da Apple, sabemos que a mudança climática é uma realidade e acreditamos que o tempo de conversar já passou. Agora é o momento de agir, e demonstramos isso com o que fizemos", disse Cook.
Fonte: Economia UOL

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