Lixo eletrônico bate novo recorde em 2014

A quantidade de resíduos eléctricos e electrónicos que chegou às lixeiras em 2014 voltou a bater um novo recorde, com as maiores percentagens per capita a pertencer a países que advogam ser defensores do ambiente.

De acordo com um novo relatório, escreve o Discovery News, em 2014 foram enviadas para as lixeiras 41,8 milhões de toneladas de lixo electrónico – principalmente frigoríficos, máquinas de lavar e outros eletrodomésticos em fim de vida. Este valor equivale a 1.150 milhões de camiões numa fila de 23.000 quilómetros, revela um estudo elaborado pela Universidade das Nações Unidas, o ramo educacional e de investigação da organização.

Ainda de acordo com o relatório, menos de um sexto de todo o lixo electrónico produzido foi devidamente reciclado. Em 2013, a totalidade de lixo electrónico ascendeu a 39,8 milhões de toneladas e, de acordo com a tendência crescente, o relatório indica que em 2018 podem ser atingidos os 50 milhões de toneladas.

No que concerne aos maiores produtores de lixo per capita, a Noruega lidera o pódio, com 28,4 quilos de lixo electrónico por habitante. Segue-se a Suíça (26,3 kg), Islândia (26,1 kg), Dinamarca (24 kg), Reino Unido (23,5 kg), Países Baixos (23,4 kg), Suécia (22,3 kg), França (22,2 kg) e os Estados Unidos (22,1 kg). A região do globo que menos lixo electrónico produziu foi África, com 1,7 quilos por pessoa.

Em termos de volume, a maior quantidade de lixo foi produzida pelos Estados Unidos e China, que juntos são responsáveis por 32% do total de lixo electrónico mundial. Em termos monetários, a reciclagem destes resíduos podia ter gerado cerca de 18,5 mil milhões de euros e 300 quilos de ouro – cerca de 11% da produção ouro mundial em 2013.

“A nível mundial, os resíduos electrónicos são uma ‘mina urbana’ valiosa e um potencial reservatório de materiais recicláveis”, afirmou o vice secretário-geral das Nações Unidas, David Malone, na apresentação do relatório.


Mas os 41,8 milhões de toneladas de lixo electrónico também equivalem a 2,2 milhões de toneladas que produtos perigosos, como o mercúrio, cádmio e crómio, bem como 4.400 toneladas de clorofluorcarbonetos – os gases responsáveis pela depleção da camada do ozono.

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