Investimento total no Complexo Fontes foi de cerca de R$ 660 milhões Foto: Aluisio Moreira/SEI |
O primeiro parque híbrido do Brasil, que combina a geração de energia solar e eólica, começou a funcionar no município pernambucano de Tacaratu em 25 de setembro. O empreendimento é formado por duas usinas fotovoltaicas (Fontes Solar I e II) com potência instalada de 11 MW, sendo oficialmente a partir de agora o maior parque fotovoltaico em operação no País; e um parque eólico de 80 MW (Fontes dos Ventos).
Juntos, os empreendimentos são capazes de gerar 340 GWh por ano, volume suficiente para prover eletricidade para 250 mil residências. O investimento total no Complexo Fontes foi de cerca de R$ 660 milhões.
Os parques Fontes Solar I e II foram vencedores do Leilão de Energia Solar, o primeiro certame exclusivo para contratação desse tipo de energia no Brasil, realizado por Pernambuco em dezembro de 2013. Os investimentos nesta unidade solar alcançam R$ 72 milhões (US$ 18 milhões). A energia gerada pelo parque fotovoltaico evitará a emissão de mais de cinco mil toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.
"É um orgulho para a Enel Green Power e um orgulho para Pernambuco celebrarmos esse título de primeiro estado a gerar energia híbrida em larga escala e criar emprego", comentou o CEO da Enel, parceira do governo estadual na iniciativa, Luigi Parisi.
Os parques híbridos são estratégicos porque permitem o compartilhamento de infraestruturas, como a conexão às linhas de transmissão
O Fonte dos Ventos é composto por 34 turbinas e foi fruto de um investimento de € 130 milhões. Fornece energia tanto para o mercado livre quanto para o regulado, de acordo com o contrato de compra de energia de longo prazo, concedido à empresa após o leilão público de energia A-5, realizado pelo governo federal em 2011.
O parque foi o primeiro investimento em energia eólica da Enel Green Power no Brasil e reduzirá em 126.318 toneladas as emissões de CO2.
Mais eficiência
Os parques híbridos são estratégicos porque permitem o compartilhamento de infraestruturas, como a conexão às linhas de transmissão, por exemplo, resultando em menores custos de implantação. Promovem ainda um melhor aproveitamento dos recursos naturais, pois no momento em que há redução na incidência de raios solares, os ventos sopram com maior força e vice-versa. O resultado é uma geração quase ininterrupta ao longo de um dia.
O modelo híbrido se mostra viável em 60% do território pernambucano. Estão mapeados 762 GW com potencial competitivo no Estado, conforme aponta o Atlas Eólico e Solar de Pernambuco. A publicação técnica, voltada para investidores do segmento e para o poder público, aponta os potenciais eólico e solar de Pernambuco e a disponibilidade de infraestrutura, cruzando essas informações com dados socioeconômicos e ambientais.
As informações subsidiarão a expansão das energias renováveis de forma planejada, sustentável, socialmente inclusiva e com maiores externalidades às regiões contempladas. O Atlas será lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco neste segundo semestre de 2015.
(Via eCycle)
Fonte: EcoD