Depois de lançar aceleradora, Google busca startups no Brasil

A Google anunciou na quarta-feira, 16 de dezembro, a criação de uma aceleradora de startups própria, chamada Launchpad AcceleratorO projeto será lançado no Brasil, na Índia e na Indonésia, porque os três países são vistos pela gigante da tecnologia como regiões de grande potencial e de alto crescimento no número de smartphones, explica Fabio Coelho, presidente do Google Brasil.

“Esse acesso deve ser acompanhado pelo crescimento no número de empreendedores que desenvolvem ferramentas no segmento mobile. Temos conseguido, dentro da empresa, mostrar que vale a pena investir no Brasil”, ressaltou Coelho à Exame.com. Ao todo, o investimento do Google até agora foi de 2,5 milhões de dólares – o equivalente a 9,75 milhões de reais, segundo o câmbio atual.

O processo de aceleração dura seis meses – ou seja, serão duas edições por ano, começando em janeiro de 2016. A expectativa é selecionar 40 startups no ano, sendo que 15 serão do Brasil. Foram selecionadas oito empresas brasileiras para a primeira edição: AgroSmart, Cuponeria, Elo7, Hand Talk, ProDeaf, Qranio, SuperPlayer e UpBeat Games.

Para essa primeira turma, o Google contatou aceleradoras e fundos de investimentos brasileiros
Para a aceleração do segundo semestre, é possível se inscrever desde já, pelo site. Ainda não está definida a data de encerramento das inscrições e nem a da divulgação dos resultados. Porém, a aceleração começará em julho. A ideia é escolher por volta de sete projetos, totalizando os 15 projetos brasileiros estimados para 2016.

Seleção
A Launchpad Accelerator pretende funcionar em parceira com outras aceleradoras, e não como concorrente, explica José Papo, responsável pela iniciativa no Brasil. Isso porque o objetivo é ajudar startups em estágio mais avançado, que possuem um produto lançado e com impacto comprovado na economia local, além de potencial para atender mercados globais. Sendo assim, os negócios precisam ou já ter passado por um processo de aceleração ou já ter recebido algum tipo de investimento.


“Buscamos negócios que querem entrar em uma fase de crescimento mais acelerado. Queremos proporcionar mais um canal de saída para essas startups, dando visibilidade”, afirma Papo. O foco da iniciativa está em startups na área de tecnologia, especialmente nos campos de desenvolvimento de aplicativos e de internet das coisas.

Para essa primeira turma, o Google contatou aceleradoras e fundos de investimentos brasileiros. As instituições indicaram empreendedores, que responderam a um questionário. Uma equipe do Google nos Estados Unidos analisou as respostas, a estrutura da equipe e o potencial disruptivo da tecnologia desenvolvida na startup.

Já para a segunda turma, não haverá o processo de contato com aceleradoras e fundos: o cadastro e o questionário serão feitos pelo próprio site. O processo de análise será o mesmo da edição anterior.

Aceleração
O investimento financeiro do Google será de 50 mil dólares (195 mil reais) por startup. Já em janeiro, as startups da primeira turma irão passar duas semanas na sede do Google, em Mountain View, no Vale do Silício (Califórnia, Estados Unidos).


Tanto lá quanto durante o resto da aceleração, a empresa disponibilizará o acesso aos especialistas do Google e também de fora dele, em diversos países. “O Google irá fazer a ponte entre os empreendedores e contatos nos Estados Unidos e em Israel, que são polos de startups inovadoras em que a empresa atua fortemente. Os brasileiros também podem se conectar com a Índia e a Indonésia, que participam da mesma aceleração. A ideia é gerar negócios que a gente nem imaginava”, explica Papo.

Ao voltar de Mountain View, os acelerados poderão ficar no Google Campus São Paulo, um espaço ainda em construção e que deve ser inaugurado no primeiro trimestre de 2016. Se preferirem (ou se não houver como alocar todos os participantes), também poderão trabalhar nos espaços de coworking da Plug.

Por fim, o Google oferecerá créditos em produtos de computação em nuvem da empresa, totalizando 100 mil dólares (390 mil reais) por startup. O valor pode ser gasto em um ano.

Portanto, ao todo, os benefícios oferecidos serão o investimento em dinheiro (seed funding), a visita à sede do Google, mentorias e networking, espaço de coworking e créditos em produtos de Cloud da empresa.

A gigante ressalta que, diferente da maioria das aceleradoras, não cobra uma participação na startup em troca dos benefícios. “Queremos fortalecer o ambiente digital. Não adianta ter só o Google. Precisamos aumentar o bolo, fazer essa economia crescer. Isso reverte não só na sociedade, mas na nossa própria empresa.”
Fonte: EcoD

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