Floresta Vertical em São Paulo: novo empreendimento trará mais verde à cidade


Uma nova proposta de floresta vertical trará mais verde à cidade de São Paulo, novo empreendimento promete uma fachada com jardim composto por vegetação da mata atlântica e árvores frutíferas.

A preocupação com temas como qualidade de vida e meio ambiente tornou-se um movimento crescente nos últimos anos e inspirou incorporadoras ao redor do mundo a se empenharem no resgate do verde em meio ao cinza das grandes construções. Essa realidade já pode ser vista, por exemplo, em Paris, Milão e Nova Iorque e, agora, no primeiro semestre de 2016, chega também a São Paulo.

Em Paris, os mais influentes arquitetos apresentaram recentemente projetos que refletem a cidade ideal em 2050. A conclusão deste chamamento público para tornar os prédios já existentes e os que virão em opções mais verdes e bonitas foi que a nova Paris dos sonhos seja urbana, mas natural e mágica. Já em Milão, vemos um projeto concreto que confirma a necessidade e o desejo pelo verde. O condomínio Bosco Verticale (bosque vertical, em português) foi construído com uma fachada que integra a vegetação e a coloca dentro da vida das pessoas e tornou-se um ícone da arquitetura ao vencer o International Highrise Award.

Será lançado em São Paulo, na Vila Olímpia, um empreendimento imobiliário batizado de Seed (semente, em inglês), o projeto segue a tendência mundial de valorização da natureza em meio ao concreto e traz para o contato direto com os moradores o conceito de terraço pocket florest, que dá origem à primeira fachada integrada a espécies de floresta construída em ambiente residencial.



 “Estamos assistindo a um movimento de decisão pela reinvenção. As grandes cidades querem o verde como protagonista e São Paulo é uma das cidades que começou a despertar para esta tendência. A maior ocupação dos parques públicos e a política de ciclovias já são sinais de que estamos indo para o mesmo caminho das outras metrópoles que estão preocupadas com a inclusão de hábitos mais saudáveis em meio à natureza. E nós chegamos com o que queremos que seja uma primeira semente plantada para que São Paulo enxergue o verde como a cor do futuro da cidade”, declara Vinicius Amato, diretor de incorporação responsável pelo projeto, a Gamaro.

Cada unidade contará com até 4,8m2 de jardim composto por vegetação da mata atlântica e por árvores frutíferas, já cultivadas em viveiro próprio e entregues em fase adulta. Assinado pelo botânico Ricardo Cardim, responsável por mais de 500 projetos de telhados verdes, jardins verticais e paisagismo sustentável e criador das três primeiras reservas públicas de vegetação nativa de Cerrado na cidade de São Paulo, o empreendimento usará no plantio da vegetação uma tecnologia própria de substrato para manter jardins típicos de terra firme com leveza e baixa espessura em espaços mais compactos e elevados.

 “O empreendimento apresenta o conceito inédito da convivência entre a cidade e a rica biodiversidade brasileira. Com tecnologia avançada, a “Floresta de Bolso®”  insere vegetação de mata atlântica nas fachadas e permite o melhor dos dois mundos – o conforto moderno e o contato com a verdadeira natureza em casa”, destaca Cardim.



O projeto das sacadas foi feito de forma estrutural para que as espécies tenham espaço para crescer e para conviver em harmonia com as atividades realizadas no espaço. Ele segue um padrão de alinhamento intercalado e também de variação das espécies, que podem ser Ipê Amarelo, Jabuticabeira, Embaúba, Ingazeiro entre outros. O espaço estará conectado a uma estação meteorológica que terá a missão de realizar o cuidado eletrônico, como a irrigação correta, de acordo com as condições climáticas.

Além disso, a manutenção das plantas será realizada pela incorporadora, sem custo adicional, durante os cinco primeiros anos do edifício, tempo necessário para que a vegetação se consolide por completo. A partir de então, com o jardim formado, o custo de manutenção será minimizado e representará um valor de aproximadamente R$100 mensais na taxa condominial para que a equipe especializada dê continuidade no trabalho. “Estamos preocupados desde a concepção do projeto até a manutenção posterior da vegetação para que ele seja um modelo mundial de fachada verde integrada com a arquitetura residencial e um incentivo para que o Brasil, um país com clima e solo propícios, adote esta tendência”, explica Amato.



A proposta é proporcionar uma melhor qualidade de vida e a valorização do tempo das pessoas que enxergam na natureza uma reconexão com suas origens e com atividades que as aliviam da tensão diária imposta pela rotina. Além disso, de forma comprovada, essa espécie de jardim vertical beneficia os moradores do Seed ao proporcionar um ambiente mais natural e saudável. A transformação do CO2 em O2, fruto da fotossíntese, cria uma barreira que protege da radiação direta do sol e gera a redução da temperatura interna no ambiente em 30% no verão. Já no inverno, ela permite mais passagem de luz e mantém o pulmão mais aquecido, por exemplo. Com isso, o ar interno é mais puro (já que a barreira natural barra partículas de sujeira), a umidade do ar é mais equilibrada e também é menor a exposição à poluição sonora, uma vez que a vegetação melhora a acústica geral do ambiente.

Esse impacto positivo também está relacionado a um ambiente mais sustentável, pois contribui para que os moradores desperdicem menos recursos, como energia e água, por exemplo, assim como insere novamente a mata atlântica no coração de um dos bairros mais movimentados da cidade. Esses benefícios foram observados no Bosco Verticale e serão replicados no Seed.

A equipe de profissionais envolvidos com o Seed é composta por nomes importantes e reconhecidos nacional e internacionalmente. A arquitetura é assinada por Francisco Petracco, renomado arquiteto que desde a década de 70 se dedica a mudar o panorama da arquitetura paulista e soma no portfólio importantes iniciativas acadêmicas. O paisagismo foi projetado por Eduardo Mera, que tem no DNA do seu trabalho o conceito de brasilidade bastante alinhado com a proposta do botânico Ricardo Cardim de inserção de mata atlântica na fachada. E, por fim, a decoração é obra de Carlos Rossi, responsável pelo design de interiores de projetos nacionais e internacionais e que acaba de ser premiado como melhor decorador em Dubai.
 O empreendimento está previsto para ser concluído em 2019. Todas as Imagens: divulgação
Fonte: SustentArqui

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