Nesta terça-feira, dia 22 de maio, o mundo todo celebra o Dia Internacional da Diversidade Biológica (BID). A data foi instituída em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) a fim de conscientizar sobre a necessidade de se conservar e proteger a diversidade de vida no planeta.
Inicialmente, a biodiversidade era comemorada em 29 de dezembro, data que entrou em vigor a Convenção da Diversidade Biológica. Porém, em dezembro de 2000, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) adotou o 22 de maio como Dia Internacional da Biodiversidade, para celebrar a adoção do texto final da convenção em 22 de maio de 1992. A mudança da comemoração em parte se deve à dificuldade que muitos países encontraram para conseguir organizar eventos no dia 29 de dezembro, já que a época coincide com outras comemorações.
A diminuição da biodiversidade (todas as espécies de seres vivos existentes no planeta) no mundo todo é alarmante. Entre as principais causas dessa diminuição estão a desflorestação, mudanças de habitat e a degradação dos solos que, em muitos casos, se devem às alterações climáticas.
Reconhecendo a importância da biodiversidade, a Assembleia Geral das Nações Unidas encorajou o uso do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 da Convenção sobre a Diversidade Biológica, período intitulado como a Década das Nações Unidas para a Biodiversidade. O objetivo é promover a implementação de um plano estratégico para a biodiversidade e a visão da AGNU sobre a importância de viver em harmonia com a natureza, além de integrar e promover a biodiversidade em diferentes níveis. Ao longo da Década das Nações Unidas, os governos são encorajados a desenvolver, implantar e comunicar os resultados das estratégias nacionais do plano.
“Assegurar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável para a nossa família humana em crescimento depende da diversidade biológica e dos bens e serviços essenciais que esta proporciona,” disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
De acordo com o especialista da ONU em direitos humanos e meio ambiente, John Knox, o mundo caminha rumo à sexta onda de extinção global de espécies, ameaçadas cada vez mais pela destruição de habitats naturais, pela caça ilegal e pelas mudanças climáticas. Ele lembrou que os direitos a alimentação, saúde, água e vida dependem da biodiversidade.
Segundo informações do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), o Brasil possui mais de 120 mil espécies de animais e 40 mil de plantas. Entre os vertebrados, são 713 espécies de mamíferos, 1.900 de aves, 738 de répteis, 934 de anfíbios, 4.774 de peixes e outras 100 mil de animais invertebrados.