Aldeia Kari-Oca na Rio+20


Os representantes das 12 etnias que circularam pela Aldeia Kari-Oca, nesta quinta-feira (14), aproveitaram para realizar uma feira de artesanato sustentável. O comércio de produtos indígenas foi aberto para a comunidade da colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, na zona Leste do Rio. O preço das mercadorias varia de R$ 2 a R$ 300, dependendo do material usado.
A Aldeia Kari-Oca é um local que índios de várias etnias e de vários países para debater questões relacionadas à soberania indígena e de proteção ao meio ambiente paralelamente à Rio+20.
Índia Ariema, da tribo pataxó, da Bahia, vendeu colares de semente de pau-brasil (Foto: Glauco Araújo/G1)
Em virtude do grande número de pessoas que visitou a feira na tarde desta quinta, índios da tribo paresis haliti passaram a cobrar até para fotografar os produtos ou para que visitantes pudessem fazer fotos ao lado deles.
Segundo Almir Wanaizukar, da tribo manoki, de Mato Grosso, todo o material usado nos artesanatos são retirados da natureza de maneira que não agrida o meio ambiente. “As penas são de pássaros mortos, de sementes e palhas que caem no chão.”
Na feirinha ele vendia brincos feitos de penas de araras e papagaios a R$ 20 o par. “O cocar também é feito de penas de mutum e custa R$ 150.

Almir Wanaizukar, da tribo manoki, de Mato Grosso, vendeu cocar feito de penas de arara por R$ 150 (Foto: Glauco Araújo/G1)
O produto mais caro na Kari-Oca foi um cocar feito de penas de araras, produzida por índios da tribo paresis haliti. “O cocar sai por R$ 300, se for o grande. Temos um menor que custa R$ 150.”
Os índios terena optaram por mostrar sua arte na produção de cerâmicas e cestas. A jarra feita de barro, com cerca de 50 centímetros, sai por R$ 150. “É a peça mais cara que temos. As menores, com formato de tartarugas e de vasinhos, saem por R$ 25 cada uma”, disse Albertina Terena. Ela também vendeu cestas de palha de carandá e os preços variavam de R$10 a R$100.
Índios xerente, do Tocantins, produziram tiaras de capim-dourado para vender na feira da Kari-Oca (Foto: Glauco Araújo/G1)
Direto de Tocantins, os índios xerente trouxeram peças feitas de capim-dourado. Uma tiara, por exemplo, custava cerca de R$ 15. As maiores pechinchas foram oferecidas pelos índios walapiti, de Mato Grosso. Cada volta de colar de miçangas custava R$ 2. Também havia opções de pulseiras pelo mesmo valor. O diferencial, além do preço, eram os desenhos tecidos nas peças.
Da Bahia, os indígenas da tribo pataxó não se restringiram apenas ao espaço da feira para vender seus produtos. Eles aproveitaram a presença das pessoas no local e ofereciam colares feitos de sementes de pau-brasil por R$ 10. “O conjunto de cocar feito de palha de taboa, mais saia, colar e pulseira sai por R$ 30, para adulto”, disse Tucumã Pataxó.
Fonte: G1


Por favor, compartilhe!

  • Share to Facebook
  • Share to Twitter
  • Share to Google+
  • Share to Stumble Upon
  • Share to Evernote
  • Share to Blogger
  • Share to Email
  • Share to Yahoo Messenger
  • More...

Parceiros

Scroll to top