Site reúne pesquisas sobre desenvolvimento sustentável


O ICSU (Conselho Internacional para a Ciência) lançará nesta quinta-feira uma plataforma na internet que vai compilar pesquisas do mundo todo sobre desenvolvimento sustentável.
O site, chamado Future Earth (Terra do Futuro), é o principal resultado esperado do Fórum do ICSU, uma espécie de Rio+20 dos cientistas que acontece na PUC-Rio desde segunda-feira.

A ideia da plataforma é reunir pesquisas sobre desastres naturais, aquecimento global e mudanças climáticas que atualmente estão dispersas. Com isso, o objetivo é facilitar a troca de informações e o estabelecimento de parcerias entre cientistas.
Conforme a Folha apurou, a proposta do ICSU é munir-se com dados contundentes para convencer governantes a tomar atitudes frente às mudanças climáticas.
Isso, de acordo com os cientistas, pode pesar menos aos cofres públicos do que remediar os estragos causados pelas mudanças no clima.
Desde a ECO-92, estima-se que os países já tenham gastado U$S 2 trilhões para remediar desastres naturais relacionados como enchentes, secas e furacões.
"Precisamos mostrar aos governos e à sociedade que a ciência tem respostas", disse Lídia Brito, diretora da divisão de Políticas Científicas da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"A ciência deve participar ativamente do processo de decisão de políticas públicas sobre as mudanças climáticas, que afeta a todos."

TRANSPARÊNCIA

A dificuldade para obtenção de dados relacionados principalmente aos desastres naturais tem sido uma reclamação constante entre os pesquisadores durante o Fórum do ICSU.
"Os dados são muito importantes quando tentamos convencer governos sobre aquecimento global. Precisamos mostrar a realidade em números", disse Walter Ammann, presidente do GRF (Fórum de Riscos Globais).
Com problemas para obter números principalmente de governos, muitas informações sobre desastres naturais podem estar equivocadas.
Os cientistas estimam, por exemplo, que a quantidade de mortes relacionadas às mudanças climáticas --1,3 milhão de pessoas desde a Rio-92 -- esteja subestimada.
"Além disso, temos poucos dados sobre como os desastres afetam as plantas e os animais. Isso também precisa ser colocado na conta", disse Altan Lavell, pesquisador do IRDR, um programa britânico interdisciplinar de pesquisas sobre riscos.
Iniciativas como a plataforma Earth Planet já vinham sido realizadas de maneira isolada.
Desde o ano passado, agências de financiamento público à ciência de países como Alemanha, EUA, Austrália, China e o Brasil têm realizado editais conjuntos de pesquisa em mudanças climáticas.
No Brasil, quem participa é a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Fonte: Folha.com

Por favor, compartilhe!

  • Share to Facebook
  • Share to Twitter
  • Share to Google+
  • Share to Stumble Upon
  • Share to Evernote
  • Share to Blogger
  • Share to Email
  • Share to Yahoo Messenger
  • More...

Parceiros

Scroll to top