Propostas foram apresentadas pela Agência Internacional de Energia.
Objetivo é limitar as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
A Agência
Internacional de Energia (AIE) apresentou nesta segunda-feira (29) uma série de
recomendações para dobrar a produção de energia hidrelétrica no mundo até 2050,
com o objetivo de limitar as emissões de gases que provocam o efeito estufa e
conter o aquecimento do planeta.
Em 2010, as fontes
hídricas geraram 16,3% da energia consumida no mundo, quase 3.500 terawatts
(TWh), recordou a AIE, agência com sede na França ligada à Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em um mapa do caminho divulgado
no congresso Hidro 2012, que acontece até quarta-feira (31) em Bilbao, norte da
Espanha.
Esta
produção supera a energia nuclear (12,8%), o que faz desta a primeira fonte
renovável de energia elétrica, muito à frente da eólica, solar, geotérmica e
outras energias renováveis (3,6%).
Mas
é relativamente pouco na comparação com as energias fósseis (petróleo, carvão e
gás), que asseguram 67% da produção mundial de eletricidade. Para duplicar a
capacidade e a produção hidrelétrica até 2050, a agência pediu o fim dos
obstáculos legais e que a energia seja melhor aceita.
Também defende a modernização e aumento da capacidade das usinas existentes com mais turbinas. A AIE sugere uma série de ações governamentais como a adoção de planos de desenvolvimento nacionais, maior cooperação entre as fronteiras ao redor das grandes bacias fluviais, simplificação dos processo administrativos, entre outros.
A agência faz recomendações em termos de aceitação ambiental e social, ponto fraco da energia hídrica. As represas são geralmente rejeitadas pelas consequências para a fauna e a flora, assim como para as populações próximas.
A AIE não oferece respostas milagrosas para o dilema e sugere "evitar tanto quanto possível os impactos negativos e "quando for impossível evitá-los, que sejam minimizados, atenuados ou compensados". Fonte: G1