No dia 10 de setembro, publicamos uma lista com 10 vídeos do projeto 20 Ideias para Girar o Mundo, da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que reúne a opinião de pensadores, ativistas e cientistas sobre a sustentabilidade.
Agora, vejam os outros 10 vídeos.
11. Carlinhos Brown – “O tablet não vai substituir o arado”
“Meu coração é sustentável porque eu acredito no ser humano”. Além de músico e compositor, Carlinhos Brown é ativista e fundou em 1994 a Associação Pracatum Ação Social. Para ele, sustentabilidade ainda é uma palavra – e precisa ser ação. “Sustentabilidade passa por cidadania, e cidadania não é adquirida com esse showroom de conforto que é o mundo hoje (…) Sustentabilidade é ter e saber manter”.
12. Maria Rita Kehl – “Precisamos engrossar a luta por reforma agrária”
Psicóloga e escritora, ganhou o Prêmio Jabuti 2010 com o livro “O tempo e o cão”. No vídeo, fala da especulação da terra, da economia baseada na indústria automobilística e do cinismo que encobre a ética na política. Defende que as pequenas ações individuais são um estilo de vida, um sinal de boa vontade com o mundo. Mas não são determinantes.
13. Carlos Aragão – “Sem a ciência é difícil atingir a sustentabilidade”
Físico e diretor geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, Aragão fala da nanotecnologia, do reaproveitamento de rejeitos e da importância de mostrar experimentos e o vasto mundo do conhecimento às crianças.
14. Sergio Mascarenhas – “Temos que pensar na criança da qual emerge o homem”
Químico e Físico, é presidente honorário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e coordenador de Projetos do Instituto de Estudos Avançados da USP São Carlos.
No vídeo, diz que o pilar fundamental da sustentabilidade não é a tecnologia nem as políticas estruturais, mas sim a educação. “O que precisamos é pensar em deixar a criança florescer nas suas potencialidades, levando consigo a mensagem da sustentabilidade. Enquanto não conseguirmos isso, vamos lutar em um mundo consumista (…) A criança precisa crescer com coragem de duvidar, de reconstruir os paradigmas”.
15. Tadao Takahashi – “Precisamos de informação fluindo por toda a sociedade”
Engenheiro de computação, linguista e coordenador de Planejamento do Núcleo de Estudos sobre o Futuro, Takahashi fala sobre o desafio de levar informação para a sociedade, para que as pessoas possam pensar o mundo e novos paradigmas.
16. Adalberto Luis Val – “Precisamos reduzir os desequilíbrios regionais”
O biólogo, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, fala sobre a importância de diminuir o abismo que separa socialmente determinadas as regiões do Brasil. Para isso, a palavra-chave: educação.
17. Ailton Krenak – “Nós estamos todos irremediavelmente interligados”
Líder indígena e fundador do Núcleo de Cultura Indígena, Krenak fala sobre a consciência humana em relação à Terra e conta a interessante história do contato que teve com uma tribo de índios que vivia isolada. “Nós devemos andar na Terra pisando suavemente como um pássaro que passa voando no céu e não deixa rastro”.
18. Roberto DaMatta – “O centro do equilíbrio é a ideia do bom senso e de limite”
É antropólogo, escritor e professor de antropologia social na PUC/RJ. No vídeo, fala sobre a indústria da publicidade, o capitalismo e o poder da imagem e das marcas. Para ele, é necessário um novo tipo de pensamento democrático.
19. Roseli de Deus Lopes – “Precisamos de uma educação que possa proporcionar equidade”
Engenheira elétrica e professora da Escola Politécnica da USP, Roseli defende que o eixo principal da sustentabilidade é a educação com respeito às diferenças e na qual o aluno é o protagonista, com capacidade crítica para saber o que está consumindo. “Os cérebros têm que ser trabalhados de forma que acreditem que possam fazer diferença”.
20. Tia Dag – “A primeira coisa é acabar com o conceito de fronteiras”
Tia Dag é pedagoga, educadora e fundadora da Casa do Zezinho. Para ela, sustentabilidade é uma palavra da moda, mas não uma ação. Defende que o Brasil precisa ouvir os jovens. “O ser humano não tem 5 sentidos? Ouvir deveria ser o primeiro”.
Fonte: Super Interessante