Você
já ouviu falar em microgreens? Basicamente, todo
vegetal passa por essa fase, que é a segunda etapa de seu desenvolvimento. Mas
a nova nomenclatura tem a ver com a descoberta de que esses pequenos vegetais
podem ter até 40 vezes mais nutrientes que as suas fases finais de
desenvolvimento - as normalmente consumidas por nós. Mas, antes de qualquer
coisa, vamos entender como eles surgiram.
A
história do microgreens
Nos anos 90, o chefe de cozinha Charlie Trotter buscava
plantas que poderiam trazer algo novo em termos de paladar e estética para seus
clientes. Em sua jornada, ele encontrou um agricultor chamado Lee Jones, que
criava vegetais de maneira inusitada - antes mesmo de chegarem ao ponto final
do crescimento, ele os coletava. Foi então que Trotter encontrou a inovação que
tanto buscava e, com o decorrer do tempo, a novidade foi se espalhando a ponto
de os microgreens terem
serem comuns em restaurantes renomados da Califórnia e fazerem sucesso no mundo
inteiro.
Mas o que eles são afinal?
Um microgreen não é nada mais
que um micro vegetal comestível - ele pode ser uma hortaliça, erva aromática,
legume, etc. O seu nome “micro” é devido ao tamanho, que varia entre 5 a 10
centímetros (da folha até a raiz). Os microgreens são
surpreendentes em termos de sabor e são utilizados, em termos estéticos para
intrigar clientes, sem contar que fazem bem à saúde.
Os pequenos vegetais não devem ser comparados a brotos, pois
estes são a primeira fase de vida de uma planta - os brotos não precisam ser
germinados no solo, necessitam de muita umidade e pouca luz. Já os microgreens são
considerados a segunda fase do desenvolvimento de uma planta e precisam de solo
ou um substrato livre de solo, além da presença da luz solar para se
desenvolverem. Em relação aos brotos, seu crescimento é um pouco maior - vai
até os cotilédones (considerados como folhas embrionárias porque estão
presentes nas sementes antes da germinação).
Benefícios
O Journal of Agriculture and Food
Chemistry publicou um estudo que compara o nível de
nutrientes dos pequenos vegetais em relação aos mesmos vegetais adultos.
Pesquisadores da University of Maryland College of
Agriculture and Natural Resources (AGNR) e
da United States Department of Agriculture
(USDA) encontraram vitaminas C, E, K, os carotenoides beta-caroteno e luteína em 25 microgreens de coentro,
aipo, repolho roxo, manjericão e rúcula.
A conclusão é que os pequenos vegetais apresentam de quatro a
40 vezes mais nutrientes do que os mesmo vegetais na sua fase final. Esse
resultado é tão surpreendente que a pesquisa foi analisada diversas vezes. O
pesquisador Qin Wang, professor assistente e PhD da University of Maryland em College Park disse,
em uma entrevista à WebMD Health News que
"os microgreens são
colhidos logo após a geminação porque todos os nutrientes que eles precisam
para crescer estão lá, e se eles são colhidos no momento certo, há uma alta
concentração de nutrientes, o que contribui para o sabor e textura”.
Além de todas as características positivas já apresentadas,
outra grande vantagem é a possibilidade de criar e cultivar microgreens em
sua residência, mesmo que você more em apartamento. Dessa forma, você não gasta
dinheiro e evita consumir vegetais com agrotóxicos.
E aí, que tal experimentar os micro vegetais? Se quiser, dê
uma olhada no vídeo abaixo, que ensina como cultivar os seus próprios microgreens:
Fonte: Green Savers