Desconstruir
uma imagem negativa no setor corporativo global tem sido uma das batalhas da
Apple nos últimos anos. A companhia criada por Steve Jobs já foi criticada no
passado por suas emissões de gases do efeito estufa, uso de materiais tóxicos e
a contratação de trabalhadores em condições análogas à escravidão, mas
atualmente melhorou suas práticas e conseguiu avaliações melhores de grupos
ambientalistas como o Greenpeace.
Essas
são boas notícias para fundos mútuos conscientes em relação ao meio ambiente
que detêm fatias na Apple por outro grande motivo - ela gera dinheiro. A
fabricante do iPhone, a maior companhia de capital aberto do mundo em valor de
mercado, adotou uma série de políticas sustentáveis como a reciclagem ampliada
de produtos e o uso de energia solar em seus centros de dados.
Para
gestores que a tornaram uma favorita dos maiores fundos mútuos
"verdes" acompanhados pela unidade Lipper da Thomson Reuters, as
melhorias aumentam o apelo de um papel que subiu 15% neste ano, o décimo nono
melhor do índice Standard & Poor's 100.
A
confluência de um preço crescente e um desempenho ambiental melhor fizeram da
Apple "aquela ação que você não pode ignorar", afirmou à Reuters Anthony
Tursich, gestor de portfólio sênior do Portoflio 21 Global Equity Fund de 498
milhões de dólares, um fundo verde que comprou fatia na Apple em 2011 após a
companhia começar a fornecer mais dados sobre emissões.
A
empresa com maior participação na carteira de Tursich é o Google, que ele
comprou apenas depois que a companhia teve progressos em energias renováveis,
refletindo como as principais corporações norte-americanas estão adotando metas
verdes, e como os fundos pulam sobre essas organizações quando elas começam a
adotar tais medidas ambientais.
Fonte: EcoD