O
Greenpeace International perdeu, no último ano, €3,8 milhões (R$ 11,4 milhões)
em doações, através de especulação nos mercados cambiais.
Segundo
um comunicado divulgado pela organização ambiental, na segunda metade de 2013
um dos funcionários da Greenpeace deu ordem de término a vários contratos que
especulavam sobre um euro fraco. Mais tarde, o euro recuperou das perdas,
passando a valer mais no mercado cambial e a organização ambiental viu-se
obrigada a reportar perdas recorde no balanço de contas no final do ano. O
relatório de contas final dava conta de um défice orçamental de €6,8 milhões
(R$ 20,4 milhões).
“Pedimos
sinceras desculpas aos nossos apoiantes e mecenas pela série de erros que
conduziram a esta perda”, afirmou a Greenpeace em comunicado, citado pelo Guardian. “Queremos assegurar às pessoas que está a ser feito
tudo o que é possível para que tal perda não possa ocorrer novamente”, lê-se no
comunicado.
A
Greenpeace indica ainda que o funcionário, que trabalhava na unidade financeira
internacional, não acuou em prol de ganhos pessoais, mas não obteve autorização
dos superiores. Desde que as perdas foram registadas o funcionário foi
dispensado.
Com
uma receita anual de €72,9 milhões (R$ 219 milhões) em 2013, a perda registada
representa um prejuízo significativo para a Greenpeace, embora a organização
indique que nenhuma das campanhas a decorrer será afetada. Com fundos
combinados de mais de 40 das células nacionais, a Greenpeace International tem
um orçamento global de cerca de €300 milhões (R$ 903 milhões).
Apesar
das perdas, o principal prejuízo poderá ser a confiança dos apoiantes e
mecenas: 90% dos fundos da organização provêm de doações de menos de €100 (R$
301).
Fonte:
Green Savers