Redução de 70% no
desmatamento na última década teria significado um corte de 3,2 bilhões de
toneladas de dióxido de carbono nas emissões
A conservação das florestas é
mais do que uma medida de proteção ambiental, é uma ação climática, já que as
florestas são armazenadoras de dióxido de carbono e de outros gases que
provocam o efeito estufa. Tanto é assim, que existe um mecanismo chamado
Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) que oferece
créditos de carbono para projetos de conservação.
Porém, o REDD+ tem encontrado sérias dificuldades para ser implementado, entre elas a falta de dados confiáveis sobre o desmatamento nos países ao redor do mundo. Em um passo que pode ajudar a popularizar o REDD+, o Brasil entregou nesta sexta-feira (6) à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) suas informações sobre o desmatamento na Amazônia. Trata-se do primeiro país a entregar de forma oficial esse tipo de informação.
Os dados detalham a queda de 70% do desmatamento na última década, resultando que 3,2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser emitidas para a atmosfera no período, o equivalente a tudo o que o Reino Unido emite em um ano.
Segundo Thelma Krug, da Assessoria de Cooperação Internacional do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os números referentes ao Cerrado, à Mata Atlântica e aos outros biomas deverão ser entregues no futuro.
“Lidar com o desmatamento tem sido uma prioridade no Brasil. Apesar de os números ainda não estarem perfeitos, consideramos que era importante entregar essas informações à UNFCCC. Todos os países deveriam fazer o mesmo”, disse Krug.
“É um sinal para os demais países de que devem começar a mostrar comprometimento em lidar com as forças que aceleram as mudanças climáticas. Para que novo acordo climático [que substituirá o Protocolo de Quioto em 2020] seja eficiente, as nações devem agir domesticamente e globalmente”, completou Christiana Figueres, secretária-executiva da UNFCCC.
Para o REDD+ esses dados são importantes, pois possibilitarão a avaliação dos efeitos das políticas e medidas de redução das emissões de gases de efeito estufa, conservação e incremento de estoques de carbono florestal.
“Os níveis de referência são a afirmação, em números auditáveis, de que estamos atingindo as metas estabelecidas com a estratégia nacional de REDD+”, declarou Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente.
Segundo o Ministério de Meio Ambiente (MMA), as emissões brutas provenientes do desmatamento no bioma foram calculadas com base nas metodologias do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e no mapa de carbono do projeto RADAMBRASIL.
“O Brasil optou por adotar um nível de referência dinâmico, ajustado a cada cinco anos. A submissão brasileira preza pela simplicidade e atende a todos os requisitos definidos nas decisões de REDD+, incluindo transparência e completude dos dados, bem como consistência com o último inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa submetido pelo país à UNFCCC”, conclui o MMA.
Porém, o REDD+ tem encontrado sérias dificuldades para ser implementado, entre elas a falta de dados confiáveis sobre o desmatamento nos países ao redor do mundo. Em um passo que pode ajudar a popularizar o REDD+, o Brasil entregou nesta sexta-feira (6) à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) suas informações sobre o desmatamento na Amazônia. Trata-se do primeiro país a entregar de forma oficial esse tipo de informação.
Os dados detalham a queda de 70% do desmatamento na última década, resultando que 3,2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser emitidas para a atmosfera no período, o equivalente a tudo o que o Reino Unido emite em um ano.
Segundo Thelma Krug, da Assessoria de Cooperação Internacional do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os números referentes ao Cerrado, à Mata Atlântica e aos outros biomas deverão ser entregues no futuro.
“Lidar com o desmatamento tem sido uma prioridade no Brasil. Apesar de os números ainda não estarem perfeitos, consideramos que era importante entregar essas informações à UNFCCC. Todos os países deveriam fazer o mesmo”, disse Krug.
“É um sinal para os demais países de que devem começar a mostrar comprometimento em lidar com as forças que aceleram as mudanças climáticas. Para que novo acordo climático [que substituirá o Protocolo de Quioto em 2020] seja eficiente, as nações devem agir domesticamente e globalmente”, completou Christiana Figueres, secretária-executiva da UNFCCC.
Para o REDD+ esses dados são importantes, pois possibilitarão a avaliação dos efeitos das políticas e medidas de redução das emissões de gases de efeito estufa, conservação e incremento de estoques de carbono florestal.
“Os níveis de referência são a afirmação, em números auditáveis, de que estamos atingindo as metas estabelecidas com a estratégia nacional de REDD+”, declarou Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente.
Segundo o Ministério de Meio Ambiente (MMA), as emissões brutas provenientes do desmatamento no bioma foram calculadas com base nas metodologias do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e no mapa de carbono do projeto RADAMBRASIL.
“O Brasil optou por adotar um nível de referência dinâmico, ajustado a cada cinco anos. A submissão brasileira preza pela simplicidade e atende a todos os requisitos definidos nas decisões de REDD+, incluindo transparência e completude dos dados, bem como consistência com o último inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa submetido pelo país à UNFCCC”, conclui o MMA.