Os líderes do Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul, países que formam o grupo conhecido como BRICS,
estiveram reunidos nesta semana em Fortaleza, Ceará, e formalizaram uma série
de ações para fortalecer o bloco.
Talvez a mais importante dessas ações tenha sido
a criação do Banco dos BRICS, que com um capital inicial de US$ 50 bilhões
ajudará a financiar principalmente programas de infraestrutura.
Na Declaração
de Fortaleza, mensagem final
do encontro, o grupo destaca que o Banco deverá promover o desenvolvimento
sustentável.
“Os BRICS, bem como outras economias de mercado
emergentes e países em desenvolvimento, continuam a enfrentar restrições de
financiamento significativas para lidar com lacunas de infraestrutura e
necessidades de desenvolvimento sustentável. Tendo isso presente, temos
satisfação em anunciar a assinatura do Acordo constitutivo do Novo Banco de
Desenvolvimento, com o propósito de mobilizar recursos para projetos de
infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos BRICS e em outras economias
emergentes e em desenvolvimento”, afirma a declaração.
O documento também fala na busca por fontes
renováveis de energia, mas parece deixar claro que carvão e petróleo são opções
indispensáveis.
“Tendo presente que os combustíveis fósseis
continuam a ser uma das principais fontes de energia, reiteramos nossa
convicção de que energia renovável e limpa, pesquisa e desenvolvimento de novas
tecnologias e eficiência energética podem constituir importante motor para
promover o desenvolvimento sustentável, criar novo crescimento econômico,
reduzir custos energéticos e aumentar a eficiência no uso dos recursos
naturais.”
O tema das mudanças climáticas não foi muito
discutido no encontro, e ganhou apenas uma pequena menção na declaração.
“A VI Cúpula ocorre em momento crucial, à medida
que a comunidade internacional avalia como enfrentar os desafios em matéria de
recuperação econômica sólida após as crises financeiras globais e de
desenvolvimento sustentável, incluindo mudanças do clima, enquanto também
elabora a Agenda de Desenvolvimento pós-2015 (...) Acreditamos que o BRICS é
uma importante força para mudanças e reformas incrementais das atuais
instituições em direção a uma governança mais representativa e equitativa,
capaz de gerar crescimento global mais inclusivo e de proporcionar um mundo
estável, pacífico e próspero.”
Imagem: José Cruz/Agência Brasil
Fonte: Instituto Carbono Brasil