Comer menos carne pode ajudar a salvar o planeta revela um estudo das universidades de Cambridge, na Inglaterra, e Aberdeen, na Escócia.

Um estudo das universidades de Cambridge, na Inglaterra, e Aberdeen, na Escócia, revela que o crescimento populacional, com as pessoas comendo mais carne, resultará na escassez de oferta. E os pesquisadores alertam, em trabalho publicado na Nature Climate Change, que o aumento da produção pode ser devastador para o ambiente.

Mais desflorestamento, uso de fertilizantes e a liberação de metano do gado levariam as emissões de gases de efeito estufa da produção de alimentos a um crescimento de quase 80% até 2050, afirma o estudo.

Mas o mundo caminha na direção oposta. A prosseguir o cenário dos “negócios como de costume”, em 2050 as áreas ocupadas pelas safras terão expandido em 46% e o uso de fertilizantes em 42% em relação aos níveis de 2009, enquanto que mais 10% das florestas tropicais virgens terão desaparecido.

“Existem leis básicas da biofísica das quais não podemos fugir,” disse o principal autor do estudo, Bojana Bajzelj, de Cambridge. “A eficiência média da conversão de plantas em carne é de menos de 3%, e mais áreas aráveis são ocupadas na produção de alimentos para o gado.”

Segundo o co-autor Keith Richards, de Cambridge, “este não é um argumento vegetariano radical, é um argumento de que comer carne em quantidades sensatas faz parte de uma dieta saudável e equilibrada.”


A dieta balançada sugerida pelos pesquisadores é “uma meta relativamente viável”: duas porções de 85 gramas de carne vermelha e cinco ovos por semana, além de uma porção de frango por dia, relata o Daily Telegraph.

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