Primeira casa autossuficiente alimentada com um sistema
solar-hidrogênio é um novo marco no caminho rumo a uma vida mais verde e
sustentável.
Uma inovadora habitação fora da rede construída em
Chiang Mai, Tailândia, pela CNX Construction e propriedade
de Sebastian-Justus Schmid., A Phi Suea House é alimentada
exclusivamente por um sistema solar-hidrogênio.
O sistema de armazenamento de hidrogênio com energia
solar fornece 24 horas de acesso a energia limpa por dia, mesmo
durante períodos de mau tempo.
A empresa
encarregada de realizar este projeto, desenvolveu esta inovadora
tecnologia de armazenamento para resolver os problemas inerentes aos
painéis solares que só funcionam quando sai o sol e, que as vezes geram
mais energia que necessário. Ainda que a indústria das baterias
soluciona alguns de estes problemas, “não são muito adequadas para o uso a
largo prazo”, segundo a construtora. “Em geral, as baterias são caras,
pesadas e estão feitas de materiais perigosos com processos de
reciclagem questionáveis”. acrescentou a CNX.
Como funciona?
Cada estrutura é coberta com
painéis solares e com seus próprios inversores. Durante o dia, os
painéis captam a energia do sol e enviam a instalação central,
que distribui a eletricidade, com base na demanda, ao resto das
casas desta comunidade, ao mesmo tempo que extrai o hidrogênio
da água.
Segundo a CNX Construcción,
“a melhor maneira de armazenar energia é gerar gás de hidrogênio
através de eletrolisadores com energia solar e água pura durante
o dia. Os eletrolisadores produzem gás de
hidrogênio mediante ao uso de uma corrente eléctrica que separa
a água em seus gases compostos: hidrogênio
e oxigênio”. Enquanto o oxigênio é liberado no ar, o gás hidrogênio é
armazenado em tanques.
Durante a noite quando se
necessita energia adicional, é utilizado o hidrogênio para
produzir energia com uma célula de combustível.
O sistema possui várias
vantagens sobre as típicas baterias, incluindo maior armazenamento, zero
subprodutos indesejáveis, e maior tempo de armazenamento. O processo
é 100% limpo já que seus únicos subprodutos são o gas de
oxigênio e a água.
O projeto inclui 86kW de energia
fotovoltaica que proporcionam uma produção de energia diária média de 326.8kWh,
uma quantidade que supera a demanda de energia 6,000kWh mensal da Phi Suea
House. No entanto, o projeto também está equipado com dois bancos de baterias
de chumbo-ácido de 2.000 Ah, 48V como backup, embora, geralmente, elas não
sejam utilizadas.
A casa autossuficiente
também conta com painéis térmicos para esquentar a água, janelas com
vidros duplos, paredes grossas, ventilação natural, lâmpadas LED de baixa
potencia e ventiladores eficientes para reduzir o uso do
ar acondicionado, no entanto existem unidades de ar condicionado VRF
instalados como backups. Além disso possui um sistema de
aproveitamento da água da chuva, que é coletada e tratada no local
para reutilização como irrigação.
O design inteligente com
eficiência energética ajuda a reduzir a demanda de energia da casa e
um sistema de automação ajuda a impulsionar a economia de
energia e o desempenho energético. Os dados recolhidos da casa
serão utilizados para a investigação da Universidade Técnica de Nanyang, em
Cingapura.
“Todos devem fazer algo para
viver em um mundo melhor”, disse Sebastian-Justus Schmidt. “Agora nossa
família está fazendo a nossa parte – deixando o mundo um lugar mais verde,
enquanto ganha e partilha de conhecimentos, sem dúvida vale a pena todos
os esforços. Nosso objetivo é ter a menor pegada ecológica possível –
especialmente por ser um estrangeiro em outro país “.
Confira um vídeo explicativo
sobre a Casa Auto-suficiente – Phi Suea House:
Fonte: SustentArqui