Cientistas descobrem como reciclar plástico em combustível


Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine, nos EUA, e do Instituto de Química Orgânica de Xangai, na China, descobriram como dissolver os fortes laços de plástico de polietileno, a forma mais comum comercialmente disponível de plástico, para gerar combustível e outros produtos, informa Vanessa Barbosa, da Exame.com.

A técnica inovadora baseia-se no uso de alcanos (ou parafinas), um tipo específico de moléculas de hidrocarboneto, para romper as cadeias químicas do polímero e transformá-lo em novos compostos úteis, como combustível líquido e ceras de uso industrial.

Não é de hoje que os cientistas têm procurado reciclar lixo plástico. Mas a maior parte dos métodos são tóxicos e demanda grande quantidade de energia. Uma abordagem comum, por exemplo, inlclui o uso de produtos químicos cáusticos e aquecimento a mais de 300 graus Celsius para quebrar as ligações químicas dos polímeros.

Milhares de toneladas de garrafas, embalagens e sacolas plásticas terminam em aterros sanitários, onde demoram centenas de anos para desaparecer, e, não raro, poluem os oceanos
Nessa técnica recém-descoberta, porém, a equipe degrada plásticos de forma mais suave e mais eficiente através de um processo conhecido como metátese cruzada com alcano, e as substâncias necessárias para o novo método são subprodutos da refinação de petróleo, facilmente disponíveis.

Problemas ambientais
"Plásticos sintéticos são uma parte fundamental da vida moderna, mas o nosso uso deles em grande volume tem criado sérios problemas ambientais", disse o químico Zhibin Guan, da Universidade da Califórnia. "Nosso objetivo com esta pesquisa foi resolver o problema da poluição do plástico, bem como criar uma nova fonte de combustível líquido."


Todos os dias, milhares de toneladas de garrafas, embalagens e sacolas plásticas terminam em aterros sanitários, onde demoram centenas de anos para desaparecer, e, não raro, poluem os oceanos, com efeitos assustadores sobre a vida marinha. A nova pesquisa publicada na revista científica Science Advances aponta que todo esse resíduo plástico poderia ganhar vida nova.
Fonte: EcoD

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