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| Nesta fazenda todos os subprodutos são reaproveitados. Foto: Grupo Lucion |
Uma fazenda implantou um sistema que é um grande exemplo de produção sustentável. Trata-se de uma granja, em Mato Grosso, que produz carne e grão sem poluir. A iniciativa ganhou o reconhecimento da ONU.
A fazenda é localizada entre os municípios de Sorriso e Vera, onde são produzidos, anualmente, 16 mil toneladas de soja e 24 mil toneladas de milho. A diferença entre outras granjas é que nesta todos os subprodutos são reaproveitados, ou seja, o que antes era considerado lixo transformou-se em matéria-prima.
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| A ONU concedeu uma certificação devido ao fato da empresa não emitir gases poluentes. Foto: Grupo Lucion |
O sistema é autossuficiente e foi implantado por uma empresa especializada em projetos de sustentabilidade. Foram instalados equipamentos com licenças no Ministério de Ciência e Tecnologia do Brasil e na ONU, que ainda concedeu uma certificação devido ao fato da empresa não emitir gases poluentes.
A fazenda investe em um sistema que evita erosão, melhora o solo e faz captação de carbono. Todo o farelo que é produzido em uma fábrica de ração do local é destinado à ração que alimenta a granja. Além disso, há uma estrutura que produz biodiesel para atender toda a frota da fazenda.
Os excrementos das porcas criadas no local são encaminhados a uma central, onde são tratados e geram metano. O gás poluente não é liberado no ar, mas sim canalizado para alimentar motores que o transformam em energia elétrica. Desta forma, é possível economizar 80% do consumo de energia.
Há também a preocupação com os suínos. Quando as porcas estão em gestação, eles ficam em baias coletivas onde podem ficar mais soltas. Os produtores não cortam os dentes e rabos dos animais.
A cada 110 metros cúbicos de gás metano que é deixado de emitir, um crédito de carbono é gerado. Já foram 50 mil créditos nos últimos dois anos. Em todo o processo de produção sobram biogás e o biofertilizante.
O próximo passo da fazenda é exportar carne sustentável para a Europa. “A gente pensa em produzir alimento de uma maneira autossustentável e com responsabilidade sócio-ambiental. Sabemos que temos compromisso com a nossa geração e com as gerações futuras”, afirma Paulo Lucion, um dos donos do local. Com informações do Globo Rural.
Fonte: CicloVivo
