“Num pedaço gelado de estrada perto de El Calafate, no Sul da Argentina, contámos 152 carcaças de guanacos em 16 quilómetros de cercas”, explicam no seu blog os ecologistas Katharine e David Lowrie, que estão a percorrer o continente sul-americano para angariar dinheiro para a BirdLife Internacional e para a Conservacion Patagonica.
Apesar da tanto Katharine e David serem ecologistas experientes, ambos reconhecem que não sabiam da dimensão do problema. Na verdade, a população de guanacos terá diminuído em 95% nas últimas décadas, muito devido às cercas que guardam outros animais.
Depois de algumas semanas de observação e de conversas com os próprios agricultores, os ecologistas chegaram à conclusão que as cercas não existem apenas para guardar os animais domesticados. “Um guanaco bebe o equivalente [à água] de 10 ovelhas e come a pouca relva que temos”, explicou um agricultor da Patagónia.
Este problema, de resto, não se cinge à América do Sul. Em África, Austrália ou América do Norte, ele é comum em vários países e regiões.
Na Patagónia, organizações como a Conservacion Patagonica estão a tentar combater o problema, retirando as cercas e deixando os animais selvagens vaguearem à sua vontade. Com raízes chilenas e argentinas, a Conservacion Patagonica está a remover mais de 640 quilómetros de cercas na região, uma acção que irá proteger veados, guanacos e emas.
Saiba mais sobre este problema no site da associação e no blog do 5000 Mile Project, a iniciativa de Katharine e David.
Fonte: Green Savers