REDD+ - Novo protocolo internacional promete alto nível de salvaguardas socioambientais para créditos florestais


A Reserva de Ação Climática (CAR – Climate Action Reserve), um reconhecido registro e padrão norte-americano para créditos de compensação das emissões de gases do efeito estufa, acaba de lançar o Protocolo Florestal para o México (PFM).


Produto de muitos anos de trabalho, o protocolo representa uma nova abordagem para os projetos internacionais de compensação através das florestas. Segundo o CAR, ele foi desenvolvido com um grau de envolvimento das comunidades locais sem precedente, e, como resultado, reflete um alto nível de salvaguardas socioambientais.

“O trabalho do CAR no desenvolvimento de padrões florestais rigorosos tem chamado atenção além das fronteiras norte-americanas, e o PFM é uma maneira excelente de apresentar este tipo de padrão de desempenho para as florestas internacionais”, colocou Stephan Schwartzman, diretor de políticas florestais da ONG Environmental Defense Fund.

O protocolo permite a quantificação, monitoramento e verificação dos benefícios decorrentes das atividades de acréscimo do carbono nas florestas do México. Além disso, segundo o CAR, a metodologia cria uma delimitação clara entre o desmatamento evitado, que poderá receber créditos sob o esquema nacional ou jurisdicional, e a melhoria no sequestro do carbono, que pode ser creditada em nível de projeto.

No âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC), as discussões sobre como – e até mesmo se seria possível – mesclar atividades de REDD+ em nível de projeto com ações mais abrangentes, em um estado ou país, sempre foram acaloradas.

Assim, diversas soluções vêm sendo discutidas, como este novo protocolo do CAR e também a iniciativa Jurisdictional and Nested REDD+ (JNR), do Verified Carbon Standard. 

Antes de o PFM ser aberto para uso público, o CAR irá conduzir três projetos piloto (no México), que permitirão à organização aprender na prática visando ao refinamento da metodologia.

“Realmente acreditamos que uma base forte será estabelecida para a criação de créditos de compensação florestais com verdadeira integridade ambiental, que poderão ser usados por diversos mercados”, enfatizou Linda Adams, presidente da diretoria do CAR.

O CAR tem um forte relacionamento com o mercado de carbono da Califórnia, e alguns dos seus protocolos podem ser usados por entidades que tem compromissos de corte de emissões e desejam cumpri-los, em parte (até 8% das suas emissões totais), com os créditos do CAR. 

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