Um número moderado de exercícios físicos pode ajudar doentes
renais a evitar infeções e problemas cardiovasculares, concluiu estudo
publicado por uma equipe de pesquisadores da Unidade de Investigação Biomédica
sobre Dieta, Atividade Física e Estilo de Vida de Leicester-Loughboroug.
Após seis meses de caminhadas de meia hora, cinco dias por
semana, as 20 pessoas observadas tinham os sistemas imunológicos mais fortes,
em comparação com o mesmo número de pessoas sem essa atividade física,
menciona artigo publicado no Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia (ramo
da medicina que estuda os rins e o tratamento de doenças renais).
O pesquisador português João
Viana, que participou do trabalho, disse à Agência Lusa que o estudo foi feito
com pacientes que têm doença crônica renal em estado avançado, que necessitam
de diálise ou transplante de rim e quando o risco de infeções com consequências
cardiovasculares é maior.
Embora essa terapêutica não
tenha impacto direto na doença, "os benefícios são imensos", pois
podem melhorar a qualidade de vida e o declínio da condição física desses
doentes, disse Viana, que trabalha atualmente na Escola de Desporto, Exercício
e Ciências da Saúde da Universidade de Loughborough, em parceria com o hospital
de Leicester.
Os resultados do estudo
contribuem para a teoria de que "o exercício físico tem um potencial
anti-inflamatório", não tendo sido encontrados sinais de que possa ser
prejudicial ao sistema imunológico, enfatizou.
O trabalho foi feito por meio
de parceria entre a Universidade de Loughborough e os hospitais universitários
de Leicester, que estudam o papel do exercício físico na gestão e prevenção de
doenças crônicas.