365 dias se passam em apenas três minutos e dez segundos. Um
ano das viagens do gás dióxido de carbono pela superfície terrestre
sendo visualizados em poucos minutos. Esta é a simulação feita por um
computador de ultra-alta resolução do Laboratório Espacial Goddard, da Agência
Espacial Americana, a Nasa.
O modelo utilizado pelos cientistas produz um cenário
impressionante de como o CO2 se movimenta pela Terra. Na imagem, o
gás aparece em vermelho e em quando está em alta concentração, em púrpura.
Gás liberado em maior quantidade pelo homem e o principal
responsável peloaquecimento global, na simulação da Nasa o dióxido de
carbono aparece principalmente sobre regiões do Hemisfério Norte. Com a
ação dos ventos, plumas de CO2 formam redemoinhos e se dispersam pelo globo.
O vídeo mostra como durante a primavera e o verão no
Hemisfério Norte, as plantas absorvem grandes quantidades do dióxido de carbono
através do processo dafotossíntese (é quando as massas vermelhas ficam
mais claras). Já no Hemisfério Sul, a simulação revela a liberação de monóxido
de carbono, nocivo tanto para o meio ambiente quanto para os seres humanos. Queimadas na
África, América do Sul – incluindo o Brasil – e Austrália contribuem para a
emissão de monóxido de carbono na atmosfera.
O modelo GEOS-5 gerado pelo computador demonstra ainda como
todos estes gases são levados pelo vento para as partes mais distantes do
planeta. Quando o verão acaba e com ele diminui a ação da fotossíntese, cresce
a concentração de CO2 na atmosfera. E a cada ano, cientistas notam o aumento deste
volume.
Para criar a simulação, o programa recebe informações reais
das condições atmosférias e emissões de gases de efeito estufa. O
computador mostra então o que seria o comportamento natural da atmosfera
terrestre. O cenário deste vídeo reproduz o período de janeiro a dezembro de
2006.
Desde julho de 2014, a Nasa tem um satélite no espaço
exclusivo para monitorar e estudar a presença do dióxido de carbono na
atmosfera. Orbiting Carbon Observatory (OCO)-2 é a primeira missão da
agência americana criada para este fim.
Assista abaixo a simulação da Nasa, em inglês (legendas
podem ser habilitadas no botão “cc” do YouTube).
Fonte: Planeta Sustentável