Pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, bateram o recorde de eficiência das células solares ao conseguirem converter com sucesso 40,4% da luz absorvida em eletricidade.
O mais interessante do novo recorde é que foi conseguido com
células que estão já no mercado. O novo valor de eficiência foi conseguido
através de uma simples utilização diferente das células – o que significa, como
explicam os pesquisadores, que “esta eficiência está imediatamente acessível à
indústria solar”.
O novo recorde foi estabelecido em Sidney e foi
posteriormente confirmado pelo National Renwable Energy Lab, nos Estados
Unidos. A tecnologia utilizada pela equipa de investigadores australianos
difere das células solares comerciais na medida em que foram utilizadas células
solares de tripla-junção. As células assim dispostas funcionam como uma espécie
de sanduíche de semicondutores sintonizados de maneira diferente, sendo que
cada semicondutor é capaz de capturar um comprimento de onda diferente de luz
solar.
“Os métodos tradicionais utilizam apenas uma camada de
células solares, o que limita a conversão de energia solar em eletricidade em
apenas 33%. A nova tecnologia divide a luz solar por quatro células diferentes,
o que aumenta os níveis de eficiência”, explica Martin Green, um dos
investigadores envolvidos no novo recorde.
Embora os mecanismos que foram apenas combinados de forma
diferente estejam há muito disponíveis no mercado, é improvável que a nova
forma de combinação das células comece já a ser utilizada. O sistema combina
elementos de células solares concentradas com espelhos heliostáticos,
utilizados em torres energéticas, o que eleva o custo total dos painéis que se
destinam a uso doméstico.
Fonte: Inhabitat.