Em dois anos, toda energia de Georgetown, no Texas, virá do vento e do sol


Georgetown não é a primeira. Nem a única. Algumas cidades do mundo já divulgaram antes que farão investimento maciço em energias renováveis. No ano passado, Munique anunciou que planeja suprir a demanda total de eletricidade da população com tecnologias limpas até 2025. Mais recentemente, a Costa Rica comemorou completar 75 dias usando exclusivamente fontes renováveis.
O que certamente mais chama a atenção da decisão da pequena cidade de 50 mil habitantes do sul dos Estados Unidos, que ganhou as manchetes naquele país, é a sua localização. Estado de famosos republicanos (George Bush se elegeu governador lá) ecéticos do clima  assumidos, o Texas tem a economia fortemente baseada na extração e comercialização de petróleo. Então, por que Georgetown decidiu deixar os combustíveis fósseis de lado e investir na energia produzida pelo vento e sol? A resposta é simples e bastante pragmática: custo.
A administração pública da cidade calculou os gastos com energia e chegou à seguinte conclusão: eólicas e solares estão mais baratas que a tradicional, produzida com combustíveis fósseis, como o carvão, por exemplo.
Para poder atingir a meta de oferecer energia 100% limpa até 2017, no ano passado Georgetown comprou 75% da produção da fazendo eólica Spinning Spur 3, situada na região e que entra em operação no final deste ano. A energia gerada por esta planta já representará quase metade da demanda de eletricidade da cidade. O restante será obtido de outras duas plantas solares.
O Texas é um lugar bastante propício para a produção de tecnologias alternativas. Assim como a Califórnia, tem uma média alta de dias ensolarados para a geração solar durante o dia e noites com ventos em abundância para fazer funcionar fazendas eólicas. Sendo assim, a demanda consegue ser atendida durante as 24 horas do dia.
Como proprietária da empresa municipal de distribuição de energia elétrica, Georgetown fechou contratos de longo prazo com as empresas de renováveis, garantindo redução de valores.
Ainda segundo as autoridades da comunidade texana, além da economia em energia, a decisão reduzirá gastos com água. Ao produzir eletricidade com carvão ou gás natural, é utilizada uma enorme quantidade do recurso. E assim como outros estados do sul dos Estados Unidos, o Texas também enfrenta uma estiagem severa há alguns anos.
Em 2013, a prefeitura de Georgetown já tinha imposto restrições a seus moradores quanto ao uso da água. Regar jardins só é permitido, no máximo, duas vezes por semana, em dias determinados pelo município.
A cidade também contabiliza a futura economia com externalidades: melhora na qualidade do ar, menos problemas de saúde e melhor imagem institucional. Georgetown acredita, inclusive, que conseguirá atrair um maior número de empresas para abrir negócios por ali. Quem não vai querer usar como publicidade que tem sua sede numa cidade sustentável, que não depende em nada de combustíveis fósseis para produzir energia?

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