Os resíduos fecais têm um
conteúdo energético similar ao do carvão, podem substituir mais de 2 milhões de
toneladas de combustível deste material e o potencial para gerar energia
suficiente para aquecer e eletrificar 138 milhões de casas, o suficiente para
todas as habitações da Indonésia, Brasil e Etiópia juntas.
Segundo um novo estudo canadiano
da Institute for Water,
Environment and Health, das Nações Unidas, o biogás extraído
dos resíduos humanos de todo o mundo pode valer até €8,8 mil milhões como
equivalente do gás natural. Isto, claro, se forem desenvolvidas as novas
tecnologias para que o processo entre em velocidade de cruzeiro.
“Em vez de tratarmos os nossos
resíduos como um fardo, podemos, com o controlo adequado, utilizá-los em várias
situações para nos desenvolvermos com base na inovação. Ao mesmo tempo,
protegemos a nossa saúde e o ambiente”, explica o relatório.
Os investigadores dão como
exemplo a Índia, onde 60% da população ainda defeca a céu aberto. Caso uma nova
tecnologia pudesse aproveitar toda esta matéria fecal, a economia poderia
receber entre €205 e €350 milhões por ano no equivalente a geração energética.
Este resíduo até agora não
tratado poderia também gerar energia suficiente para eletrificar 18 milhões de
casas indianas.
Processo remonta a 1895
O processo de utilizar biogás
proveniente dos resíduos começou a ser utilizado nas ruas de Exeter, Reino
Unido, em 1895. No entanto, ele só se tornou mainstream, naquele país, em
meados dos anos 90.
Hoje, existem 157 locais de
tratamento de esgoto, gás e água, naquele país. E cerca de 75% dos esgotos
britânicos que são tratados produzem eletricidade e biometano. Ainda assim, o
país ainda está longe de atingir todo o seu potencial, alerta o Edie,
uma vez que 20.000 toneladas de excrementos são produzidas todos os dias.
Fonte: Green Savers