Três navios japoneses zarparam
dia 15/06/2017 para uma missão de três meses com o objetivo de capturar 43 baleias minke
e 134 baleias-sei, segundo comunicado da Agência das Pescas e do Ministério das
Relações Exteriores do Japão, divulgado pela AFP. Esta nova missão acontece no
seguimento do lançamento da nova campanha anual de caça à baleia, que teve
início no passado domingo e que deverá decorrer no Norte do Pacífico, até
finais de julho.
O Japão é signatário da moratória
da Comissão Baleeira Internacional sobre a caça às baleias, mas, desde 1986,
que o país utiliza uma lacuna na proibição, que permite a pesquisa científica
letal. Este comportamento já foi várias vezes denunciado por organizações de
defesa cetáceos, mas o governo japonês tem tentado provar que a população de
baleias é grande o suficiente para sustentar um retorno à caça comercial.
Em 2014, o Tribunal Internacional
de Justiça ordenou a Tóquio o fim da caça em águas antárticas, afirmando que o projeto
japonês não cumpria os padrões científicos exigidos. Mas, no ano seguinte, o
Japão retomou a caça sob um novo programa, apesar dos fortes protestos que tem
vindo a enfrentar a nível internacional e até da ocorrência de conflitos em mar
alto com ativistas, defensores dos animais.
O Japão cita fins científicos,
mas nunca fez segredo de que a carne destes animais marinhos acaba muitas vezes
nas cozinhas dos restaurantes. Apesar de, nos últimos anos, a procura por carne
de baleia ter diminuído significativamente, o consumo de baleia tem uma longa
história no país do sol nascente, onde a baleia foi caçada por séculos. Foto:
Creative Commons
Fonte: Green Savers