União Europeia ajudará China a adotar um mercado de carbono nacional


Autoridades chinesas e europeias anunciaram na última semana o lançamento de uma cooperação bilateral que terá como objetivo facilitar a implementação de um esquema nacional de comércio de emissões na China.

Sob a parceria, que terá a duração de três anos, a União Europeia (UE) se compromete a ceder especialistas, transferir conhecimento e contribuir com cinco milhões de euros para que a China consiga adotar um mercado de carbono nacional até 2020. Em contrapartida, os chineses prometem seriedade nas metas para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa (GEEs).

A China é o maior emissor de GEEs do planeta, e, para alguns especialistas, nenhum acordo climático internacional será eficiente se o país não se comprometer a realmente controlar suas emissões. 

Os chineses já possuem sete mercados de carbono locais: Tianjin, Pequim, Xangai, Shenzhen, Guangdong, Hubei e Chongqing. Porém, o processo de unificação desses esquemas, que deveria começar em 2015, ainda está incerto.

Nesse sentido, a parceria com a UE promete ser bastante útil. O bloco foi o pioneiro mundial no estabelecimento de um mercado de carbono de grande porte, tendo criado em 2005 o Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS).

Mesmo com diversos problemas nos últimos anos, o EU ETS segue sendo o principal e maior mercado de carbono do planeta, cobrindo mais de 12 mil usinas de energia e fábricas em 28 países.

“No caso da China, o mais importante será definir um limite de emissões que seja ambicioso e que realmente ajude a reduzir as emissões. Além disso, será fundamental garantir que os inventários de emissões das empresas sejam confiáveis (...) As autoridades chinesas já sabem que não podem mais crescer economicamente ignorando o meio ambiente, então esse tipo de mecanismo será muito útil para o futuro do país (...) A UE pode compartilhar suas experiências e ajudar a China a estar preparada para implementar seu mercado”, afirmou Jos Delbeke, diretor de ação climática da Comissão Europeia.

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