O projeto Tapume Criativo conta com ajuda de financiamento
coletivo. As primeiras dez carteiras serão doadas para ONG no Capão Redondo
Responsável
pela comunicação visual de alguns empreendimentos imobiliários em São Paulo,
Saulo Monjon sempre via a mesma cena: os enormes tapumes de madeira eram usados
na obras e depois descartados, sem nenhum uso posterior. “Um dia, lendo uma
reportagem sobre a precariedade de uma escola no interior do país, pensei que
os tapumes que usávamos uma vez para criar a identidade de um empreendimento
poderia virar algo útil, como uma carteira escolar”, explica ele.
Empenhado
em colocar a ideia de pé, Saulo e a turma do Coletivo Criativo convidaram
arquitetos, engenheiros e marceneiros para analisar o projeto e ver se era
mesmo viável criar mobiliário para escolas carentes. Depois de idas e vindas, o
desenho foi parar numa máquina CNC, que corta a madeira a partir de um desenho
enviado por computador. “Depois de cortada, montamos a carteira e vimos que a
ideia não era impossível. Ela segue todos os padrão de ergonomia e ainda é
fácil e rápida de fazer”, conta Saulo.
Agora, com o projeto Tapume Criativo colocado em prática, Saulo e o coletivo querem levar a ideia adiante. O primeiro passo foi conseguir a doação de alguns tapumes e encontrar um destino para as primeiras carteiras. “Entramos em contato com uma ONG no Capão Redondo, a Associação Interferência, que já conhecíamos e que precisavam muito de ajuda”, explica ele. Para fazer com que 10 carteiras fiquem prontas e cheguem até o seu destino dia 13 de dezembro eles criaram uma campanha no cartase para apoio com os custos de produção e transporte das cadeiras. As doações podem ser feitas pela página do Tapume Criativo no Catarse.
“O
objetivo é que a gente consiga parceria com grandes empresas e construtoras
para levar o projeto a outros cantos do país”, explica Saulo, que em fevereiro
de 2015 quer levar as carteiras para um novo destino.
Fonte: As Boas Novas